Week 1/52
domingo, 8 de janeiro de 2012 09:57 , 0 comentários
WEEK 1/52
Bem, devo dizer que não estava à espera
de criar um tema para cada semana, mas, no decorrer desta semana tudo levou a
que tivesse que optar por este tema.
Antes de mais, tenho duas ou três
palavras a dizer sobre o assunto…
Religião: do latim religio, religare [religar,
ligar bem]; um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de
mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade
e os valores morais.
Na minha opinião, a religião surgiu
exactamente porque existia a necessidade em acreditar nalguma força superior,
num Deus que nos criou… Sou muito céptico relativamente a este assunto. Não acredito
que uma religião criada por homens possa corresponder a uma realidade divina. Não!
No máximo traduz a vontade, a necessidade de acreditar em algo, nada mais.
No entanto, a meu ver, a religião é mais
do que uma simples crença das pessoas. Traduz-se na cultura, na educação, no
estilo de vida e até na forma de pensar das pessoas. Mesmo que não acreditemos
verdadeiramente numa determinada religião, o facto de termos sido educados à
luz dos seus valores fará com que a nossa forma de pensar se tenha moldado,
mesmo que subconscientemente, àqueles valores defendidos pela religião.
À partida, não considero que tal seja maléfico
para a formação do Ser Humano como Pessoa, no entanto, acho que é necessário
redefinir alguns valores. A nossa sociedade está em constante desenvolvimento,
valores novos se levantam e outros perdem o sentido, chegou a altura de acabar
com as caças às bruxas!
Livro da semana:
Jesus, o Bom e Cristo, o Patife
Autor:
Philip Pullman
Editora: Teorema
Data
de Publicação:
2011
Encadernação: Capa Mole - 192
páginas
Idioma: Português
ISBN: 9789726959786
Preço: 15,90€
Sinopse:
«Esta é a história de Jesus e do seu
irmão Cristo, de como nasceram e viveram e de como um deles morreu. A morte do
outro não pertence a esta história.» Neste romance fascinante, Philip Pullman
desdobra em duas a personagem central de um dos mais célebres mitos do mundo
ocidental. Jesus é um pregador imbuído de fé e intransigente nos princípios; o
seu gémeo, Cristo, inventa milagres e compõe uma narrativa sobre a qual se
edificará o poder da Igreja.
Opinião:
Devo dar os meus parabéns ao escritor. Em
primeiro lugar, pois é necessária extrema coragem para pegar na história que
serve de base para toda uma Religião; em segundo lugar, pois ele manteve a sua
característica qualidade literária e conseguiu transformar a história de tal
modo que, mesmo sabendo os acontecimentos por ele narrados, faz com que o
leitor simplesmente não consiga pousar o livro.
Capítulos pequenos pautam a história a
um ritmo rápido e conciso, havendo contudo espaço para deixar crescer as duas
personagens principais de tal modo que são despidas de toda a santidade que as
envolve, tornando-as tão humanas quanto nós, mas sempre com o cuidado de as polvilhar
com brilhantes reflexões que nos fazem parar alguns segundos para pensar.
Não é um brilhante romance histórico,
mas não é por isso que perde importância. Aconselho este livro a toda a gente,
visto ser uma história com muito mais sentimento e moral que – atrevo-me a
dizer – a versão original, e decerto agradará o leitor de um modo geral.
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