Recordar

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Já passou mais de um mês desde o meu último post. Durante este mês não me dediquei a escrever nada em concreto, mas sim a desenvolver pormenores, a criar um mundo imaginário que sirva como pano de fundo de uma história que paira na minha cabeça há já algum tempo… Considerei um projecto divertido e bastante útil, pois permitiu-me criar as bases, os alicerces de quase toda uma imaginação, mantendo um fio condutor entre todas as histórias e criando uma estrutura capaz de servir como fio condutor na minha cabeça e, consequentemente, no papel. Aconselho que todas as pessoas que gostam de escrever passem os olhos pelo Web site “Magical World Builder”, pois de certeza que vão aprender algumas dicas que vos ajudem. Contudo não é este o motivo que me leva a escrever aqui…



Hoje decidi procurar todos os pequenos contos que escrevi, todas as páginas que viriam a ser uma história, todas as ideias que viriam a ser desenvolvidas… Passei algum tempo a ler e a recriar os mundos que outrora imaginara. São muitas as histórias que nunca desenvolvi suficientemente, mas ao lê-las outra vez senti-me como se tivesse voltado atrás no tempo, voltei a sonhar com o que sonhava quando escrevia, revivi dramas que não me lembrava ter vivido. Independentemente da estrutura gramatical, da coerência dos textos ou do enredo da história, considero ter feito um bom trabalho, pelo menos para mim, pois consegui atribuir a simples palavras os sentimentos que me atormentavam, que me perseguiam tanto durante o dia como em sonhos que mais se assemelhavam a pesadelos.
Fico feliz por tudo o que escrevi. Alegra-me saber que um pedaço de mim está contido numas folhas amarrotadas que tenho para aqui guardadas, mesmo sabendo que nunca ninguém que não eu lhes deitará a vista em cima, são um reflexo de mim que não será lido por ninguém, pois não há quem eu considere digno de tal. Apenas tenho pena de não ter guardado tudo o que escrevi, pois apenas guardei uma pequena parte de tudo o que escrevi.
Tenho vontade de recomeçar a escrever histórias inacabadas, paradas no tempo, mas sinto que as devo deixar assim. Talvez um dia mais tarde acabe por completar algumas, mas não agora. São demasiados os sentimentos que exigem ser ouvidos, que precisam de uma história, de um parágrafo, de algo que os torne eternos…



E agora acho que vou escrever alguma coisa…

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