Week 2/52

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WEEK 2/52
Antes de mais, devo pedir desculpa pela demora neste post, mas época de exames não perdoa… não tive muito tempo livre e também não ia criar o post da semana dois sem uma critica literária. Assim sendo, decidi esperar um pouco! Espero que não atrase também a próxima semana… tenho que me apressar a escolher e ler o próximo livro!


Tema: Neblina


Esta fotografia foi tirada hoje de manhã. Quando saí do comboio fiquei fascinado com a névoa que pairava, não consegui resistir à tentação; peguei na máquina fotográfica e comecei a fotografar tudo o que via. Conclusão: para além de ter substituído a fotografia que já estava mais que pronta para postar, atrasei-me meia hora! Pois… Acho que valeu a pena!

“Hoje lembrei-me de ti. À ida para o trabalho, não consegui deixar de passar pelo parque. Sentei-me naquele banco que nos costumávamos sentar. Durante algum tempo, fiquei ali, a apreciar a neblina que pairava no ar. A mesma névoa, todas as manhãs. Contudo agora não me fazes companhia. Agora sei que não posso contar contigo para aqueles passeios por este lugar deserto, com um café numa mão e um cigarro na outra. Ah, como sinto saudades das nossas conversas…
Mas sei que não voltas. Já me acostumei à ideia, conformei-me com a realidade… No entanto custa. Queria que estivesses aqui, a meu lado, queria poder falar contigo, escutar os teus conselhos, ouvir as tuas gargalhadas que sempre me punham bem-disposto…
Era tão bom se pudesses voltar…”
Uma pequena lágrima desceu o rosto de José, ao mesmo tempo que se levantou, cabisbaixo. Pousou uma rosa branca em cima da laje em sua frente, virou as costas e seguiu lentamente o seu caminho.


Livro da semana: Sangue-do-Coração


Autor:Juliet Marillier
Editora: Bertrand Editora
Data de Publicação:2010
Encadernação: Capa Mole - 399 páginas
Idioma: Português
ISBN: 9789722521741
Preço: 18,12€

Sinopse:

Uma floresta assombrada. Um castelo amaldiçoado. Uma jovem que foge do seu passado e um homem que é mais do que parece ser. Uma história de amor, traição e redenção...
Whistling Tor é um lugar de segredos, uma colina arborizada e misteriosa que alberga a fortaleza deteriorada de um chefe tribal cujo nome se pronuncia no distrito em tons de repulsa e de amargura. Há uma maldição que paira sobre a família de Anluan e o seu povo; os bosques escondem uma força perigosa que pronuncia desgraças a cada sussurro.
E, no entanto, a fortaleza abandonada é um porto seguro para Caitrin, a jovem escriba inquieta que foge dos seus próprios fantasmas. Apesar do temperamento de Anluan e dos misteriosos segredos guardados nos corredores escuros, este lugar há muito temido providencia o refúgio de que ela tanto precisa.
À medida que o tempo passa, Caitrin aprende que há mais por detrás do jovem desfeito e dos estranhos membros do seu lar do que ela pensava. Poderá ser apenas através do amor e da determinação dela que a maldição será desfeita e Anluan e a sua gente libertados...

Opinião:

Devo admitir, estava algo reticente quando comecei a ler este livro. O titulo não me chamou a atenção, a capa não faz muito o meu género e nunca tinha lido nada da escritora… foi preciso um momento de coragem para o retirar da estante e começar a ler.
Rapidamente me cativei com a leitura, principalmente por causa do mistério que envolve Wishling Tor. Sim, admito que basta um pouco de sobrenatural para me chamar a atenção, mas neste caso é um pouco diferente.
Juliet Marillier criou um leque de personagens bastante apelativas e interessantes, criando ao mesmo tempo um enredo tão misterioso como apaixonante.
Um dos principais pontos positivos é a profissão da personagem principal. Achei simplesmente soberbas todas aquelas descrições do trabalho de Caitrin, a beleza que é atribuída à arte de escrever fez com que eu próprio tivesse vontade de escrever em antigas folhas de pergaminho, rodeado de tintas e penas, a criar os mais belos traços e desenhos no papel – como se eu tivesse uma caligrafia apresentável...
Sim, foram passagens que me agradaram particularmente.
Agora vem o não tão positivo… na minha opinião, a história de Caitrin simplesmente não colou! Achei o enredo demasiado forçado, demasiado irreal (o que até soa ridículo, pois em relação à parte de fantasia não tive quaisquer problemas, agora os dramas do dia-a-dia…), assim como a viagem que ela faz num dos momentos mais importantes de Wishling Tor…simplesmente inadequada!
Em relação às personagens, tenho algumas coisas a dizer, mas vou tentar não estragar a história para quem ainda não leu:
Muirne – Eu sabia!
Rioghan – sem dúvida interessante, leal e com um passado que me fez admirar ainda mais esta figura que me aguçava a curiosidade.
Hoste – este conjunto de personagens funciona como um elemento bastante volátil e variado, o que resulta num óptimo compasso, dando ritmo e um novo fôlego à narrativa sempre que esta corre o risco de se tornar desinteressante. A sua criação, os seus elementos, as suas limitações, as suas potencialidades... tantas coisas que não consegui decidir-me sobre o que me agradou mais!

Uma bela história, na qual uma eminente batalha é pautada por uma agradável dose de mistério, um final bem pensado e belo, que nos deixa com um sorriso nos lábios, sabendo que aquelas personagens que nos tocaram no coração tiveram um desfecho merecido!

Week 1/52

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WEEK 1/52




Tema: Religião

Bem, devo dizer que não estava à espera de criar um tema para cada semana, mas, no decorrer desta semana tudo levou a que tivesse que optar por este tema.
Antes de mais, tenho duas ou três palavras a dizer sobre o assunto…
Religião: do latim religio, religare [religar, ligar bem]; um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os valores morais.
Na minha opinião, a religião surgiu exactamente porque existia a necessidade em acreditar nalguma força superior, num Deus que nos criou… Sou muito céptico relativamente a este assunto. Não acredito que uma religião criada por homens possa corresponder a uma realidade divina. Não! No máximo traduz a vontade, a necessidade de acreditar em algo, nada mais.
No entanto, a meu ver, a religião é mais do que uma simples crença das pessoas. Traduz-se na cultura, na educação, no estilo de vida e até na forma de pensar das pessoas. Mesmo que não acreditemos verdadeiramente numa determinada religião, o facto de termos sido educados à luz dos seus valores fará com que a nossa forma de pensar se tenha moldado, mesmo que subconscientemente, àqueles valores defendidos pela religião.
À partida, não considero que tal seja maléfico para a formação do Ser Humano como Pessoa, no entanto, acho que é necessário redefinir alguns valores. A nossa sociedade está em constante desenvolvimento, valores novos se levantam e outros perdem o sentido, chegou a altura de acabar com as caças às bruxas!


Livro da semana: Jesus, o Bom e Cristo, o Patife



Autor: Philip Pullman
Editora: Teorema
Data de Publicação: 2011
Encadernação: Capa Mole - 192 páginas
Idioma: Português
ISBN: 9789726959786
Preço: 15,90€


Sinopse:
«Esta é a história de Jesus e do seu irmão Cristo, de como nasceram e viveram e de como um deles morreu. A morte do outro não pertence a esta história.» Neste romance fascinante, Philip Pullman desdobra em duas a personagem central de um dos mais célebres mitos do mundo ocidental. Jesus é um pregador imbuído de fé e intransigente nos princípios; o seu gémeo, Cristo, inventa milagres e compõe uma narrativa sobre a qual se edificará o poder da Igreja.


Opinião:

Devo dar os meus parabéns ao escritor. Em primeiro lugar, pois é necessária extrema coragem para pegar na história que serve de base para toda uma Religião; em segundo lugar, pois ele manteve a sua característica qualidade literária e conseguiu transformar a história de tal modo que, mesmo sabendo os acontecimentos por ele narrados, faz com que o leitor simplesmente não consiga pousar o livro.
Capítulos pequenos pautam a história a um ritmo rápido e conciso, havendo contudo espaço para deixar crescer as duas personagens principais de tal modo que são despidas de toda a santidade que as envolve, tornando-as tão humanas quanto nós, mas sempre com o cuidado de as polvilhar com brilhantes reflexões que nos fazem parar alguns segundos para pensar.
Não é um brilhante romance histórico, mas não é por isso que perde importância. Aconselho este livro a toda a gente, visto ser uma história com muito mais sentimento e moral que – atrevo-me a dizer – a versão original, e decerto agradará o leitor de um modo geral.

52 Weeks

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Com um novo ano, novos objectivos!
Por vezes, sinto que a inspiração fugiu e me abandonou, levando com ela a vontade e o gosto pela literatura. Cada vez menos tenho tempo para estas pequenas coisas, e, quando tenho, simplesmente não consigo encontrar força em mim para as fazer. Quanto a vocês não sei, mas eu fico deprimido por não conseguir fazer aquilo que gosto!
E, devo afirmar que, para agravar a situação, sinto que a minha maquina fotográfica está parada há demasiado tempo!
Assim, com o começo de um ano, vou tentar começar um novo hábito: 52 semanas, 52 livros, 52 histórias, 52 fotos...
Talvez demasiado ambicioso, mas acho que não custa tentar!
Aqui fica uma nova promessa para 2012, esperemos que consiga chegar ao fim!
Até ao proximo post! ;)

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